A saúde é um dos negócios mais lucrativos do mundo, e é-o desde sempre!!! Mas vamos esmiuçar....O sistema vende-nos a profissão da medicina como exercida por uma "classe superior" com "vocação humanista" forte e com solução para todos os problemas que a ciência médica (dada pela razão e pela "superioridade"(?) da ciência científica, passo pleonasmo, perante qualquer outra amostra ou fraude vendida "aos fiéis".)....
Ora tudo mentira pegada!
O próprio sistema já de si, alimenta-se da necessidade de criar necessidades (novamente o pleonasmo) nas pessoas, ou seja, fazer actuar o "marketing" do sistema, o marketing capitalista, o que busca a maximização do lucro, do dinheiro. A saúde é, de facto, um grande negócio, e é-o tanto mais por se aproveitar, sublinho e realço a palavra aproveitar, sistematicamente, tanto da ignorância sobre o tema da saúde em geral, e das suas especialidades em particular, quanto se alimenta das fragilidades das pessoas, fragilidades decorrentes das suas muitas vezes momentâneas enfermidades. Sou de uma linhagem que se recusava ir ao médico. Agora percebo. Só querem o nosso dinheiro. Qual vocação de cariz humanista qual quê?? Uma pessoa vai ao médico, mandam medicação....Se há qualquer dúvida posterior, se há qualquer efeito secundário, lá vai novamente ao médico, lá paga novamente, sempre que tem outra duvida, ou outra enfermidade espontânea e passageira, na sua infinita ignorância lá volta ao Senhor Doutor, e daqui vai a outro, e paga, e mais outro, e paga, e agora dói aqui, então outro, e mais outro, e mais outra especialidade, paga outra vez, sempre, sempre, sempre a abrir os cordões à bolsa....Enfim....O fechamento da informação, mesmo entre pares, o princípio que subjaz este comportamento de cativação de informações e indicações é, basicamente, o espoliar das pessoas, desatentas que estão do sistema, embrenhadas na sua boa fé e preocupadas legitimamente com a sua vida.
Um mundo egoísta e egotista. Dada a escassez da informação detida apenas por uma "elite" de notas compradas nas escolas secundarias, a exclusão desta informação e conhecimento, a eclusão de recursos humanos se calhar mais vocacionados do que muitos dos escolhidos, tanto a nível de investigação científica, quanto a nível de prática médica, num mundo em crescimento exponencial demográfico, não só não faz sentido como é, atrevo-me a dizer, crime! Crime cometido pela classe para manutenção dos seus privilègios. Classe essa que agora brada estar exausta, mas que hipocritamente resolveria essa exaustão se lhes derem mais dinheiro ainda!!! Em Portugal, os números e a realidade são completamente assustadores!! Metade da classe médica tem mais de 50 anos!!! O que significa que daqui a 15 anos haverá menos metade dos profissionais do que há na actualidade!! A culpa é exclusiva dos médicos. A par com os médicos, em Portugal a culpa foi, e é, dos sucessivos governos, onde sentam e sentaram o rabo calhaus com olhos que se mostraram profundamente ignorantes ou altamente coniventes com o estado a que chegámos. Só há um caminho: aproveitar o desenvolvimento tecnológico as bases de dados e a inteligência artificial para pôr a informação a circular pelas pessoas comuns, informação exacta, precisa, rigorosa, exigente, confirmada e verificada enquanto verdadeira. Portugal tem, nesse propósito, uma alta vantagem competitiva: a lingua. Por um lado, os portugueses em geral, de gerações abaixo dos 50 anos, falam inglês, e por outro lado, os portugueses podem e têm acesso a informação médica partilhada, ainda que circunstancialmente em termos médicos eventualmente diferente nalgumas patologias e doenças tropicais, todo um país (ou vários) onde também se fala português, onde existe medicina até mais evoluída do que em Portugal, em algumas áreas (ou, até, em todas) e, portanto, a lingua, enquanto factor de pesquisa, busca, e troca de informação sobre eventualidades médicas quotidianas é, não só fundamental, como uma realidade incontornável. Estética, dermatologia, nutrição, dentária, fisiatra, foram as primeiras e pioneiras, no entanto, outras áreas estão agora em processo de desenvolvimento e partilha publica de informações....Era bom, por um lado ter consciente que, também no Brasil existem médicos com formação deficitária (médicos brasileiros saídos de universidades vizinhos que fizeram cursos puramente teóricos (!!!!) e médicos com "passagem administrativa" para fazer face às necessidades de aprendizagem forçada em tempos de Covid) mas igualmente existirem médicos com experiência e saber acumulado de prática médica que coloca qualquer congénere português a um canto. O futuro passaria por oferecer a partilha acumulada da informação não só entre profissionais como também com uma educação médica do público, caso contrário, o respeito pela pequena elite que por sistema nos tenta espoliar acabará por se dissipar....Deus queira que nunca precisemos de médicos, mas para isso, cada um de nós também tem de fazer um pouquinho todos os dias e evitar a degradação natural humana, seguindo a máxima "mente sã em corpo são" e a sabedoria (ou ignorância, sem qualquer sentido pejorativo) de não ir ao médico é nunca!!! Esperemos que a verdadeira vocação e a verdadeira humanidade desta classe política prevaleça, até para o seu próprio bem estar....Enquanto isso, aguardaremos que o "sistema" se torne menos podre....