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Utopias Concretizaveis

Utopias Concretizáveis é um espaço em busca de um mundo melhor, através dos sentidos, sentimentos e pensamentos da autora, nas suas reflexões intimistas e, quiçá, inspiradoras, marcadamente politizadas.

Utopias Concretizaveis

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27
Dez23

Portugal Fracassado - Parte II

22581610_TeRMV.jpegChegados ao Estado Novo eis que o algoritmo me prega uma partida e me amordaça.... Mais de metade da reflexão anterior ao ar. Mas não, não no pensamento....Continuemos (não com o texto ora elaborado, mas com outro, eventualmente mais curto e mais pobre): Chegámos ao Estado Novo vítimas do nosso fracasso durante a I Republica por falta de força das instituições republicanas, por falta de força de um constitucionalismo reforçador e reformador dos poderes publicos, da sua separação e interdependência, e, sobretudo, por falta de condições, pois substituir um rei por vários egos, numa pátria sem povo, daria, naturalmente, asneira, como deu...Fomos à bancarrota. Foi o que nos levou a fazer ascender uma figura que conseguia equilibrar as contas publicas do Estado, um professor universitário de finanças publicas da academia coimbrã. Nada supreendente portanto. Durante o Estado Novo houve de facto, alguns, poucos, desenvolvimentos, em infraestruturas que não existiam, ao contrário dos outros países onde já existiam há mais tempo, pouco desenvolvimento no principal gerador de riqueza de um país: o povo, e o amordaçar das pessoas, impondo-lhes uma religiosidade questionável, um entretenimento para os distrair quotidianamente, e uma crença altamente limitante enquanto colecividade, nas suas mentes, consciente e inconscientemente ( o "fado", enquanto voto e desígnio da "honrosa" (?) pobreza). Espoliamos as colónias, matamos e saímos da ditadura por força da vontade de viver e por força também do descontentamento do lado de quem tinha o poder para se descontentar e fazer algo contra isso: os militares. O fracasso continuou. Temos 5 décadas de democracia, o país evoluiu muito. Abandonámos as colónias, virámo-nos para a Europa e aí fizémos todo o nosso caminho. A partir daqui é responsabilidade nossa o nosso atraso, o nosso atavismo cultural, económico e social. Somos, felizes e pobres, portadores de uma ideologia única, da extrema esquerda à extrema direita somos todos sociais democratas, uns sem, outros com religião à mistura....

19
Dez23

Portugal Fracassado

Portugal-flag-e1498560175410.jpg.

Portugal nasceu da birra e briga de um filho com sua mãe....Coisas que acontecem com bem mais frequência do que pensamos...Nasceu, estendeu-se e consolidou-se territorialmente. Sempre sob a vigência de um reinado, que passava de pai para filho, independente da idade, carácter, cultura e educação da criatura do sexo masculino (como não poderia deixar de ser). Décadas e centenas de anos nesta coisa do costume. O rei manda, o povo obedece. Assim, depois de uma monarquia absolutista passámos a ser uma monarquia constitucional. O que mudou? A existência de uma constituição que trazia consigo as ideias iluministas da época, a clara separação tripartida dos poderes e mais umas quantas (ir)relevantes inovações, como o nascimento de partidos políticos. O "lobby" da igreja e dos "nobres" esse vem do século XII, sem eles não haveria rei (decepavam-no num piscar de olhos....por isso teve de passar a distribuir as "prebendas"). Da monarquia constitucional de 1820 até 1910 houve o sistema rotativista bipártidário, entre partidos estáveis porém permeáveis às novas ideias vindas de fora. O povo estava descontente (ou uma parte do "povo"), mataram o rei, e o sistema fracassou. Colocando a causa colectiva da pobreza e do descontentamento pelo esbulho na figura do rei (que de facto acontecia e sempre aconteceu) o povo mudou de regime. De monarquia passámos à Republica. Nada mais óbvio e justo. Porém, também a republica fracassou, por diversos motivos, nomeadamente a inexistencia, ou fraca institucionalização de poderes publicos. Por isso, há uma pouco menos de cem anos instalou-se em Portugal um regime ditatorial, como consequência deste fracasso da 1a república.

17
Dez23

o equívoco "socialista"

Immigrants-to-Portugal.jpg. "São todos bem vindos".....Só que não. Proferir esta afirmação num contexto de desregulação e liberalização total é um erro e um crime. Os direitos humanos são para serem uma verdade assente para todos os que se encontram no território português. Não parece ser o que está a acontecer. Depois da vinda da troika e com um governo de direita foram liberalizados e privatizados diversos sectores, que, pelos mais diversos motivos, não o deveriam ter sido. Um deles a política de "começar a casa pelo telhado" descriminando positivamente os estrangeiros e reprimindo economicamente os portugueses que nasceram em Portugal. Com a desculpa do investimento direto estrangeiro as políticas económicas passaram a ser de "entrada de porta aberta" e de "concessão de cidadania a qualquer um" seja a Ibramovich seja ao outro que usou o país como porta de entrada para a UE, não sabe uma palavra de Português, tem morada falsa em Portugal e, pasme-se, agora é português. Sou totalmente contra esta política desenfreada de porta aberta e de atribuição de cidadania a la gardere....Porquê? Porque veio criar problemas que não se resolvem numa legislatura, como o problema da habitação, porque não veio criar mais e melhor emprego, bem pelo contrário, veio trazer escravatura para o nosso país, bem como menos oportunidades de trabalho para os portugueses. Qualquer socialista que seja a favor da entrada de porta aberta que se deu na última década no nosso país está a manifestar-se a favor da escravatura e a favor da retirada de mercado e de ofertas de trabalho aos portugueses. Aconteceu, seja na profissão da advocacia, seja na profissão de vendedor, seja na profissão de motorista, aconteceu. O que não pode acontecer é a Xenofobia que se tem vindo a sentir, a aumentar. Se um socialista quer tanto bem aos entrangeiros que para cá vêm, seja o nepalês que trabalha nas estufas de Odemira, seja o americano reformado que ganha 10x mais e vem usar (e esgotar, sim esgotar, porque a partir do momento que, tal como as casas, os médicos não se formam numa legislatura, são um bem limitado, independente de trabalharem no publico ou no privado) os serviços de saúde em Portugal, seja a advogada brasileira que não faz a mínima ideia das leis portuguesas, esse socialista que os leve para a sua casa....Este país bateu no chão. O descontentamento é enorme. Se para um socialista os mercados não funcionam, o que os fez acreditar que nestas áreas funcionariam??? Não tem explicação. Não se começa uma casa pelo telhado. O argumento de que como os portugueses são um povo de emigrantes devemos receber bem e da mesma forma com que os nossos foram lá fora acolhidos no passado. Pois, porém que lá fora os portugueses não foram bem acolhidos...A Iglaterra, um país com colónias, e simultâneamente, um país com uma miscigenação enorme (que até tem como governante um descendente de colónia) não tem, nem nunca teve, nem nos governos mais à esquerda que lá houve e que foram muito mais esquerdistas do que a esquerda dominante em Portugal, não tem, nem nunca teve, políticas de porta aberta para o seu território. Bem pelo contrário. Emigrar para o UK é extremamente dificil e exigente, não entra quem quer, quando quer, para fazer (ou não fazer) o que quiser. Para o Canadá, qualquer pessoa que queira lá viver tem de passar obrigatoriamente num teste de inglês, ou seja, tem de dominar a língua. Para os EUA, existem quotas e outras exigências grandes e complexas. Para a Austrália, esses então nem pensar, nem que sejas casado com uma, nem assim entras. Como referi, ter critérios de entrada, exigências mais limitadoras, pensamento e visão sobre o futuro não é deixar de ser socialista. É ser lógico, racional, humanista, para os dois lados, para os que cá estão e para os que vêm, e, sobretudo, inteligente. A "venda" do país a estrangeiros foi o rastilho do descontentamento generalizado em Portugal, e tem toda a razão de o ser. Um país que não cuida dos seus próprios cidadãos é um país condenado ao fracasso. Já temos 50 anos de Democracia. Já era tempo de sabermos pensar sobre nós proprios, por nós próprios e sem medos e fantasmas. Ser socialista não é querer o mundo inteiro em Portugal, não é deixar entrar sem critério objectivo, não é dar o passaporte na esquina. Estamos integrados numa organização supranacional que também ela deveria vigiar e conformar, com todos e cada um dos Estados Membros, as políticas migratórias externas ao espaço europeu. Depois não se queixem dos resultados....

12
Dez23

Energia e Clima

cleantech.jpegChega ao fim a COP28. Lembro de ser miúda e comprar uma revista feminina e ler de fio a pavio a revista na qual uma das reportagens era sobre a cimeira Rio 92. A cimeira Rio 92 alertava para a importância de cuidar da proteção do ambiente, de promover economias e comunidades sustentáveis e de possibilitar o aproveitamento de novas energias renováveis que davam os primeiros passos, em detrimento das energias poluentes que tão rápido começaram a fazer-se sentir. Ora, desde a primeira revolução industrial no século XVIII, com a utilização de industrias as carvão, na Inglaterrra, sobretudo (que fez com que o país se tivesse rapidamente tornado a grande potência mundial, à epoca) que o homem passou a poluir o mundo desmesuradamente e sem conhecimento directo (não tão desconhecido assim, pois bastava respirar nesses ambientes e cidades altamente industrializadas e escuras, tão bem descritas pelo seu realismo por Charles Dickens e outros) dos efeitos da poluição no planeta, no meio ambiente e nas pessoas. Efetivamente, desde 1992 e 2024 muita coisa aconteceu......ou não. O mundo ficou mais poluído, mas também, neste período, a política de implementação de utilização de energias não poluentes bem como o papel de políticas públicas de cuidado com os resíduos poluentes foi nascendo, crescendo e desenvolvendo-se cada vez mais. Recordo que a par deste pontual acontecimento, e, dadas as minhas circunstâncias pessoais, adquiri uma sensibilidade precoce e maior à necessidade de adoção de comportamentos individuais que fossem diferenciadores, pela positiva, no ambiente, como a necessidade de passar a reciclar tudo o que tinha em casa, fruto de muitas horas de visualização da Euronews que me preenchia as tardes de suposto estudo, mostrando o seu pendor mais germânico e demonstrava o claro avanço deles nesta temática em detrimento de outros Estados da CEE, como Portugal. A par da crescente poluição, seja pelo brutal aumento populacional, seja pelo aumento de produção de bens em massa em quantidades muito muito superiores há 30 ou 40 anos, seja pelo encurtamento de distâncias e uso muito mais frequente e maior de todo o tipo de transportes, seja pelo aparecimento de novas industrias, novas tecnologias e com elas novas necessidades, seja tão só pela nossa alimentação, o planeta está pior. Muito pior. A um nível alarmantemente pior. O actual Secretário Geral das Nações Unidas, o português António Guterres afirmou mesmo este ano que nos encontramos no estado de ebulição. Como a água, aquecemos tanto, o planeta aqueceu tanto que já ferve, e, como a àgua, a única maneira de eliminar a ebulição é tirar a chaleira do fogão ou baixar o lume da mesma.....se fôr possível. Significa que, baixar o lume da chaleira que contém a água que ferve é mudar radicalmente os comportamentos humanos especialmente nos países onde eles são mais nocivos, mais poluentes....Os lobistas, os mercados logo dirão: nem pensar!!!! Isso afetará gravemente o crescimento económico dos países!!! Ora em nome dos interesses de uma duzia de pessoas que comandam 3 dezenas de empresas, e jogam com o medo, melhor não ter crescimento e ainda assim ter planeta, do que não ter planeta nenhum. Um dos princípios do direito do ambiente é, de facto, o princípio do poluidor pagador. Porém, este princípio não tem impacto nenhum na globalidade do mal, ou do dano, para ser juridicamente mais concreto, que pessoas e empresas fazem ao mundo. Precisamos de recursos para viver, para sobreviver sim, todos os dias....Água potável, energia eletrica e combustivel, mas o desequilibrio do impacto ambiental é tão grande entre individuos ricos e pobres, entre países ricos e pobres que é assustador. Tenho para mim que os comportamentos só lá vão, só mudam, efetivamente, quando se vai ao bolso das pessoas....E, num mundo de recursos finitos e população a aumentar, o que se adivinha? Um encarecimento já se si óbvio do custo de vida das pessoas. Assim, entre a utilização de energias poluentes e a utilização de energias não poluentes há todo um mundo ciêntífico a explorar, porquê? Porque a dependência das energias poluentes é esmagadora e os seus detentores tão forte que é muito difícil ela acabar e por outro, toda uma panóplia de possibilidades de descoberta e aplicação das energias não poluentes já existentes e possíveis de nascer mas com custos elevadíssimos, que o futuro será e continuará a ser a chaleira a ferver sem se baixar o lume.... Tirar a lareira do fogão implicaria, por milagre, o que até poderia acontecer, o rompante de uma revolucionária descoberta científica de rápida utilização e aplicação geral  à escala planetária. Escrevi aqui à data: O Acordo de Paris é mais um flop, só conversa. Não me enganei. Ao fim da COP 28 vejo que o mundo está doente, tem consciência que está doente mas não fará nada para se curar....Um pouco como os diabéticos que comem doces....Que se lixe.....O egoísmo pessoal e individual é enorme. A par disto uma grande hipocrisia e muitas guerras. A da Ucrânia, por exemplo....Recursos naturais....Os políticos comandam os destinos da humanidade para o precipicio.. Obviamente que existe um assédio do mundo ocidental para com os países ricos em recursos naturais poluentes ou não poluentes...A constante ingerências dos Estados Unidos em quase todas as partes do mundo sempre se deu precisamente por causa disto... A também tentativa de condicionamento e frustração posterior dos europeus quando Lula disse: "A Amazónia é dos Brasileiros" é também um sintoma dessa hipocrisia. Compreendo os dois lados. Por um lado, os Brasileiros. Por outro, os europeus, iludidos nos seus ideais de que a amazónia é o pulmão do mundo e temos de cuidar do meio ambiente e blábláblá mas depois são mais poluidores do que os de lá??? Qual é a coerência? Qual é a autoridade? Nenhuma. Absolutamente nenhuma. Infelizmente ainda não temos ferramentas mundiais suficientemente coercivas para impor ao mundo uma mudança de comportamento que permitisse sair do estado de ebulição...resta rezar por um milagre....

11
Dez23

Portugal Inteiro

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Portugal Inteiro. Portugal não é só Lisboa e Porto. Não há, nem pode haver, cidadãos de primeira categoria e cidadãos de segunda categoria. Pedro apresenta-se a candidato a líder interno e a primeiro ministro com a força das suas convições. É um homem corajoso, determinado, autónomo, independente, convicto, inteligente, e um fazedor. Não fez tudo bem, não concordo com ele em tudo, não faria como ele em tudo, mas vejo-o e sobretudo aprecio, finalmente, um homem de esquerda no partido em que milito. Um homem que nasceu e cresceu sem dificuldades, mas que sabe entender o contexto e a realidade de todos aqueles que se encontraram nas circunstâncias opostas. Pedro sabe bem o que é ser socialista. Pedro conhece a importância de fazer, conhece a importância de lutar por um país igual na sua dimensão territorial, conhece a importância da luta contra as desigualdades. A luta mais importante de todas. A geradora das maiores iniquidades no país e no mundo. Num país tão carecido de tanto e em vias de se extremar precisamos de um líder de combate, daqueles que não desiste nunca, daqueles que não abandona o barco, nem  deixa para trás os soldados rasos em campo de batalha. Uma das qualidades que aprecio é o facto de nunca se ter vergado ou entregue ao poder, à lógica do poder, ao modo de comportamento execrável e oportunista que caracteriza o meio em questão. O domínio não deve nunca ser pela hierarquização, mas sempre pela força das convições, pela persuasão e influência. Admito que gostaria de me sentar umas horas longas e fazer de "advogada do diabo" para aprofundar e, até, persuadir o interlocutor em questão sobre diversas temáticas nacionais e internacionais que precisam de urgente tomada de posição. Percebo o risco da radicalização do discurso no meu país. Sinto-o. Não diabolizo. Oiço, analiso, respeito o que tenho a respeitar, critico o que tenho a criticar e sobretudo penso e observo, o mundo, lá fora.  É inimaginável a forma como as pessoas pensam de forma tão distinta sobre problemas tão concretos lá fora, no mundo, nas outras culturas, nas outras geografias do mundo. Muitos portugueses atribuem uma culpa exclusiva a este partido do sistema como o grande mal da falta de crescimento económico do país. Tivemos uma ditadura de 50 anos. O país era totalmente analfabeto, pobre e rural. Depois seguiram-se 5 décadas de democracia. Sim, a democracia tem tanta idade quanto teve a ditadura. A ditadura surgiu pelo mesmo motivo pelas quais os governos não se entendiam: contas públicas. Ora após um louco ter matado o rei, a 1a republica pautou-se por uma total desorganização enquanto entidade colectiva, levando a que tivesse havido tantos governos quantos os anos da sua duração. A primeira guerra mundial não perdoou. Desestabilizou ainda mais o que já estava desestabilizado. No fundo aconteceu-nos o mesmo que aconteceu a outros países muitas décadas mais tarde. Quando um país sai de uma ditadura longa não existem instituições que tomem conta da legalidade das mesmas e da legitimação de um poder político. Os mais próximos, que normalmente são muitos, querem todos tomar o lugar do deposto, rei ou ditador....O povo, esse, nunca entra na equação....Até à normalização passam-se por vezes décadas, ou, também habitual, contra-poderes e novos poderes absolutos, vestidos com roupagens diferentes. O povo nunca interessa para nada....Cabe, por isso, ao povo, tomar as rédeas da coisa, agarrar o toiro pelos cornos, sob pena de virar de sistema mas não conseguir mudar o sistema...Com as novas tecnologias, com a circulação cada vez maior da informação, com a futura agregação de dados e de informações, os cidadãos ou passam a ser apenas mais um número dentro do sistema em que vivem e das quais não têm a mínima chance de mudar (pois nem ele impacta as suas vidas uma vez que se comporta como reinados eleitos e suas cortes famintas, e portanto, para tal, cobra imposto, a receita do Estado, a unica coisa certa na vida para além da morte, como diz a expressão), ou então empoderam-se, educam-se, exigem mais e melhor, mais transparência, mais informação, mais elementos concretos dos destinos que os seus representantes fazem do seu dinheiro e dos compromissos e contratos que assumem para o futuro, inaugurando, desta feita, um novo contrato social, moderno, pragmático, transparente, democrático, justo... Acredito numa esquerda que pode mudar o mundo, pode mudar o país e pode mudar as vidas de todos e de cada um de nós, de dar um propósito consciente, concreto e não imposto. Acredito que todos devemos ter consciência e exercer os nossos direitos e nunca mas nunca esquecer os nossos deveres, para connosco, para com a comunidade, a do nosso pequeno mundo e a do mundo grande, inteiro. Quantas mais vidas impactarmos positivamente mais impacto positivo sentiremos connosco próprios. Para isso, e tão bem sublinhado e realçado no discurso de hoje, as mulheres, o seu papel no mundo, o seu propósito é fazer parte da solução. Faço mea culpa colectiva pois uma parte das mulheres se comporta e é educada a não focar em si própria, a não fazer tudo o que estiver ao seu alcance para se melhorar, progredir e trabalhar, continuando a ser transmitida a ideia de ser inferior, ser incapaz, ser que procura o outro género por dinheiro e o prende da forma mais vil e ridícula do mundo, mesmo quando envolve sentimentos, porque nisso, nós mulheres somos mais frágeis, e somos também mais frágeis para além do sentir, também no ser, na biologia, na falta de força muscular, o que levou a esta perpetuação eterna do domínio do feminino pelo masculino ....Sou pela igualdade de géneros, pela igualdade de tratar o igual por igual e o diferente como diferente. Sou por um mundo melhor, um Portugal melhor, um Portugal Inteiro!

08
Dez23

As gémeas

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Este é o rosto, CEO, da Novartis, sedeada na Suiça, a empresa que produz o famoso medicamento que está na ordem do dia por causa de duas gémeas brasileiras. Duas gémeas a juntar a mais 31 bebés que em Portugal receberam este medicamento. E bem! Em qualquer outra parte do mundo, ou não o receberiam, ou, com sorte, seriam cobertas por uma empresa na área seguradora, ou, como cá, o Estado se encarregaria do encargo. Obviamente ninguém percebe como um medicamento consegue ser tão caro.....simplesmente, mesmo que seja dada justificação, não há justificação possível, porque não é, pura e simplesmente justo. A questão das gémeas vem trazer ao de cima muita informação, muitas realidades. Têm um pai condenado a pagar ao fisco brasileiro cerca de 70 milhões de euros, e, quem foi condenado em 70 milhões de euros tem 70 milhões a multiplicar por muito, tudo dinheiro fruto de corrupção da grande. Ora, o rosto aqui na foto, apesar de receber 2 milhões sempre que o medicamento é necessário, valor nada justificável, ao menos é CEO de uma empresa legítima, trabalhou e estudou para estar onde está. Qual é o problema? Porque as gémeas viraram escândalo? Por causa do valor, sobretudo.....Portugal é um país pobre com muitos muitos muitos problemas estruturais mas que gosta de ser pobre e perder o seu tempo em discussões que se arrastam (como se vê igualmente no outro assunto do momento, o aeroporto de Lisboa) em vez de fazer, de tentar fazer, de investigar, de apostar em ganhar tanto ou mais do que o rosto da imagem....Ficamos assim, tolos e idiotas, a esmiuçar, minutos e segundos e quem fez o quê, e o que está mal ou bem, mas falar em fazer aposta em investigação científica para fazer baixar preços de medicamentos e encontrar outros medicamentos para outras situações e quem fala medicamentos fala tratamentos, isso está quieto....ô povo!!!! Há mais de um mês a bater na mesma tecla!!! 10 milhões de opiniões distintas nunca chegarão a um entendimento...enquanto isso o mundo pula e avança e segue a toda a velocidade.....e as criaturas aqui, à bulha umas com as outras, com uma mentalidade e uma cultura que eu, pessoalmente, em nada me identifico....Falta serenidade....falta visão, falta mundo a Portugal.....Deixem as gémeas em paz...!

04
Dez23

Marcelo, gémeas e cunhas

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Sou portuguesa, tenho uma doença rara e escrevi ao Presidente. Recorri à mais alta figura do Estado Português à cerca de 2 anos, por isso, posso falar do que sei, o meu caso. Há dois anos institucionalizei a minha necessidade iniciando toda a tramitação processual, a que, até então, desconhecia. À epoca, passados cerca de 3 meses recebi uma missiva de resposta a indicar que a minha situação havia sido encaminhada para o Gabinete do senhor Primeiro Ministro. Aguardei....Mais uns meses, nova missiva, desta feita do Gabinete do Senhor Primeiro Ministro a informar de que a minha situação havia sido transferida para o Ministério da Saúde....Aguardei....Mais uns meses, novamente, uma missiva......do gabinete do Ministério da Saúde a informar de que a minha situação havia sido encaminhada para a Direção Geral de Saúde.....Aguardei.....Aguardo até ao dia de hoje....O sistema claramente não funciona, o país não funciona....Felizmente tenho a sorte de ter uma sintomatologia mais benévola do que a esmagadora maioria dos pacientes com esta doença..Infelizmente esta doença atacou-me e só no estrangeiro a consigo resolver.....Estou longe de condenar uma mãe que recorre a tudo quanto pode para tentar salvar as suas filhas....Não imagino o desespero....Estou longe de condenar quem quer ou quis ajudar...Aliás, quem está em posição de ajudar e não ajuda não é amigo, ou conhecido, é somente cruel. Em matéria de saúde, em matéria de sofrimento, de atenuação do sofrimento não condeno ninguém, não só não condeno como sou totalmente a favor da tentativa de resolução dos problemas seja de que forma for, a favor da pré-determinação e autonomia da vontade individual e, por isso, por exemplo e em aparente sentido contrário, totalmente a favor da eutanásia. Passámos por uma epidemia mundial que matou, directa e indirectamente, milhões de inocentes e fez agravar as situações crónicas de muitos outros milhões, seja com os efeitos secundários das vacinas, abafados em nome dos superiores interesses dos empresários do sector, seja com a ausência da possibilidade de recurso a tratamentos médicos adequados e atempados. Um drama. Em matéria de saúde, vivem-se dramas verdadeiros e, sobretudo, iníquos. Marcelo agiu em nome da sua consciência da melhor forma que soube. Não está em causa isso. Se a primeira figura do Estado não servir para isso serve para quê? O que está em causa é o atropelamento jurídico efetuado (com o andamento relâmpago de atribuição de cidadania e outras coisas que tais) e, principalmente, a imposição de um tratamento aparentemente cientificamente ineficaz de acordo com a posição dos médicos em particular. Também sei do que falo. Numa doença rara, ou, numa doença, a medicina portuguesa é extremamente conservadora. A par disso, ignora as tendências e evoluções no resto do mundo, em termos de tratamentos e mesmo de meios complementares de diagnóstico. Se me transmitem "vai a Barcelona fazer a ressonância porque tens estas características e assim e assado" eu fico-me a perguntar porque raio não há isto nos hospitais portugueses e pior, como é que os médicos desconhecem....Por seguir vários no Linkedin já percebi como funcionam os médicos....seres humanos cheios de dúvidas nas formas de abordagem dos problemas e das situações concretas dos pacientes, consultando-se "em rede".....é mau, mas não há melhor. Numa doença rara a maioria dos médicos nega a viabilidade ou desconhece os tratamentos e os que realmente tratam vêem-se confrontados com a impotência que têm em fazer ver aos seus pares os seus sucessos e dos seus pacientes. No caso das gémeas, não sabemos se os médicos portugueses têm conhecimento suficiente para afirmar que o medicamento não iria ser eficaz....Bem, aparentemente, no caso concreto de uma atrofia muscular desde nascença, obviamente, cura não há....pelo que os médicos devem estar em posição confortável para terem tomado o esclarecimento de que aquele medicamento seria ineficaz. Ora a ser verdade que o medicamento não iria fazer nada isso, sim é muito grave, dado o valor do mesmo...Pedir 50 cêntimos a cada português para salvar duas meninas é uma coisa.....Impor isso sem resultados posteriores é outra....Foi o que, ao que parece, aconteceu.  Mas pior é mesmo quando se impõe que os portugueses, pessoas pobres e ignorantes, cubram muitos cêntimos e muitos euros de coisas que vão para pagar sabe-se lá para onde e por que motivos. Esse é o verdadeiro problema do país: total falta de accountability. Concreta.Um país que não sabe os seus números oficias com clareza, que não os distingue é um país totalmente condenado ao fracasso....Por outro lado e por isso mesmo, num país pobre, as cunhas são um mal impossível de fugir, mas muito se confunde sobre o que é uma cunha, ou, muitas pessoas terão conceitos diferentes sobre o que abrange ser uma cunha. Não considero que o Presidente da Republica tenha cedido a uma cunha, considero que cedeu a um pedido para fazer andar as coisas num país que não funciona e onde o tempo é um factor de importância crucial. Cunha, para mim, é colocar alguém numa posição em detrimento de outro(s) com melhores condições. Cunha não é uma pessoa socorrer-se de quem conhece seja para o que for, só o é se o fôr prejudicando outros. Quanto ao caso concreto desconheço. Mas mesmo para questões profissionais, por exemplo, nos EUA, 75% dos trabalhos que as pessoas têm decorrem dos seus contactos, ou do anglicanismo, do networking....Cunha? Não. Isso não é cunha. Analisando em termos penais para os mais maniqueístas, normalmente os populistas, o direito é vago, geral, demasiado abrangente na qualificação do tipo penal de crime. Tráfico de influências e burla são, por exemplo, dois crimes que são muitas vezes confundidos e usados erradamente em atribuições feitas pela sociedade, sobretudo pela comunicação social, atirando para fora da equação a questão do elemento subjectivo e do elemento objectivo do crime. A confusão, a falta de conhecimento leva a que tudo possa ser usado de forma populista. Aqui, a sociedade deveria, para além de esclarecer-se, em primeiro lugar, aprofundar o debate sobre o que deve ser enquadrado como crime e o que não deve ser enquadrado como crime, ou seja, qual o grau de censura que a sociedade determina que indica que o cidadão que se comporte de tal forma ou tal forma tenha como consequência uma sanção de carácter penal, na qual, naturalmente, se inclui, necessariamente e consequentemente, uma privação da liberdade, ou seja, a prisão, em segundo lugar. O que podemos concluir de tudo o que temos vivido em Portugal nos dois ultimos anos é que, duas gajas que não se gramavam deram cabo de um governo e duas gémeas inocentes deram cabo de um Presidente.....Talvez o país se devesse focar mais em encontrar formas de se desenvolver, de produzir, de enriquecer, em vez de andar a perder tempo com "tempos de antena" de comentadeiros e politiqueiros....Portugal não está bem e precisa de estabilidade para dar condições de vida aos portugueses, para alavancar o país e dar um salto de gigante no progresso e bem comum dos cidadãos.....Estamos fartos de sermos cidadões....Com ou sem Marcelos..

03
Dez23

Sonhar

dreaming.jpg. "Tenho em mim todos os sonhos do mundo", escreveu, um dia, Fernando Pessoa. Desconheço qual a idade com que registou para a eternidade esta frase, mas é, de facto, uma bela frase, em todas as fases da nossa vida. Curiosamente, sonho pouco a dormir, ou lembro-me do que sonho a dormir poucas vezes. Hoje acordei na continuidade do meu sonho, em Paris, feliz, com sol e saúde, contempladora e de hobbie em ação. O meu estado radiante iniciou o sol do dia encoberto para além das nuvens. Depois, o sonho acordada. Sonho da paz, sonho da abundância, sonho da harmonia, sonho das descobertas, sonho de um mundo melhor. No meu mundo, ao que parece Paris, cidade luz, por mim desconhecida, confesso, sem nunca ter tido muita curiosidade, apenas o gosto pelas artes plasmado nos famosos museus da histórica capital francesa. O sonho da liberdade, da autonomia plena, da saúde perfeita, no caminhar, no correr que acontece quando faz chuva, mas que espero aconteça ao sol. Um lar harmónico e verde, alegria, propósito e conhecimento, a minha fome. Fome do saber, fome do fazer....Já dei por mim imaginar este recanto, retângulo à beira mar plantado, sem pobreza, ao contrário do que verificamos cada vez mais e com cada vez mais força, infelizmente...Um retângulo cheio de prédios e moradias verdes, ao longo das principais autoestradas do país, cidades novas, pessoas novas, multiculturalismo harmonizado e enriquecedor nas suas trocas culturais, sociais e económicas. Governar um país é difícil quando o povo pensa todo da mesma forma, não tem mundo, desconhece o mundo, desconhece as outras realidades, como Starck apelidou o "último povo genuinamente bondoso no mundo". Verdade, bondade que advém de conformismo, da ignorância, do apego à terra, da cultura díficil de evoluir, parca em comunicação, mais parca ainda em transmissão de mensagens e discussões imprescindíveis mas eternamente adiadas. A vida é muito curta. Muito curta para amar, muito curta para descobrir, muito curta para construir, muito curta para aprender pelo que nos meus sonhos, chegar aos 100 como se de 50 se tratassem e possuir declínio funcional apenas dois ou três anos antes de perecer, com mais meia década do que o século completo, que muitos afortunados felizmente alcançam, nos dias de hoje. Mais riqueza material, mais abundância espiritual exige de nós uma mudança de 360 graus no pensar e no sentir. Resta sonhar....Vislumbrar essa mudança está muito longe de se percepcionar...Bons sonhos....

01
Dez23

Sociedades Infantilizadas

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O Estado de bem estar geral, gerado nos países prósperos e de paz trouxe consigo, a par dos desenvolvimentos tecnológicos e causa deles, uma infantilização geral das sociedades. Se por um lado assistimos a uma desenvoltura intelectual mais rápida, precoce e acentuada nas crianças (como sonhava alguém: "o meu neto vai nascer já a saber falar!"), por outro lado assistimos a um prolongamento de um estado infantil em muitos adultos, que se entregam à febre dos jogos de computador (recorde-se a "febre" do Candicrush, jogo do facebook que nunca joguei mas ouvi dizer que servia para recolher os nossos dados....) e jogos de consola que, ano sim ano não, anuncia mais um novo produto com milhões e milhões dispendidos em marketing à escala mundial. Se gastam, compensa. Sim, o lucro é muito grande. Homens feitos (sobretudo) de fato e gravata se "entregam" às delícias de passar horas diárias alheados do mundo e das preocupações reais das suas vidas pessoais e da vida do mundo, obcecados com o jogar, como se de crianças ainda se tratassem. Horrível. Não compreendo como alguém pode assim desperdiçar as suas vidas e o seu curto e precioso tempo. Para além disso existe uma própria cultura de dependência e infantilização que expulsa a responsabilização e autonomia dos adultos, através de mecanismos de controle cultural e social que se verifica mais de umas formas do que de outras e mais numas geografias do que em outras mas existe. O Estado do bem estar trouxe consigo este relaxamento da necessidade de virar adulto e assumir todas as responsabilidades bem como de marcadamente demonstrar a sua total autonomia e independência. Se no início do século passado assistíamos a fenómenos sociais em que os homens eram adultos honrados e emancipados com vida profissional própria e familia constituida com os 20 anos de idade, ao mesmo tempo que assistíamos às mulheres da mesma idade já casadas ou em vias de casar, mas  altamente responsáveis porque responsabilizadas pelas lides domésticas e familiares desde sempre (quando não ajudavam a cuidar dos irmãos mais novos, ajudavam a cuidar da casa e das terras dos progenitores), o que, por outro lado não isenta de críticas a sociedade hiper-misógina e alta dependência feminina do domínio masculino, associado a pressões sociais extremamente conservadoras e castradoras, e decorrentes disso, com muito menos liberdade do que nas sociedades atuais. A libertação do jugo social e religioso dado com o encurtamento do mundo foi altamente libertador para as mulheres, para as minorias, para o diferente das sociedades, sendo que o diferente, a diversidade, o multiculturalismo é uma realidade mundial em quase todo o lado e de uma forma muito mais liberta de constrangimentos do que alguma vez teve lugar. Ora esta não assunção de responsabilidades por parte de muitas pessoas, em época de paz e abundância, em época de consumismo onde a cada esquina nos tentam vender tudo e mais alguma coisa, tornou-se altamente fomentadora de comportamentos também eles imaturos, de falta de experiência em lidar com frustrações e objecções e escassez e, sobretudo, falta de respeito, sabedoria, sentido crítico, e sensatez. O que verificamos, com esta sociedade altamente capitalista que pretende apenas vender, vender, vender, que aproveita a muitas industrias esta sociedade infantilizada: à industria do entretenimento de uma forma geral e de modo particular à industria dos jogos, do gaming; também a industria dos jogos de azar tem vindo a ganhar cada vez mais adeptos, frustrados e alienados, rejeitando as responsabilidades decorrentes da vida adulta, inebriados por uma sociedade que se mostra, mostra-se no seu vazio de conteúdo, na adulteração total da sua aparência, na promoção descabida da perfeição, da felicidade, do materialismo. Ceder a tudo isto promoveu a desresponsabilização e a imaturidade nas pessoas, bem como cedeu a impulsos controladores de outras instituições sociais, como a Igreja, em nome de algo que nem os próprios respeitam: a familia. Ter noção da instrumentalização das pessoas, dos seus comportamentos, das suas caraterísticas é um primeiro passo para avaliar e discutir se estamos no bom caminho, no caminho de um mundo melhor, mais solidário, mais coeso, mais sábio, mais livre, mais rico....Não, não estamos....Temos de evoluir no sentido de conseguir diminuir o impacto destas industrias e das forças sociais e económicas também, que destroem o individuo não o permitindo ser parte ativa e o protagonista maior da sua história de vida, é preciso, por isso, pensar....

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