Síndrome da Avestruz
.
É oficial! O mundo mudou. O futuro será mais extremado, terá tanto de bom quanto de mau, com uma grave crise mundial pelo meio, que já se vislumbra. Enquanto em Portugal impera a síndrome da Avestruz pois só esta síndrome colectiva pode explicar que o povo se mantenha sereno nas condições de vida que vem suportando e a palavra é mesmo esta, suportando, após notícias (que infelizmente passaram despercebidas) de que os impostos em Portugal comeram aos portugueses, a cada um dos portugueses, a cada um de nós, cerca de 6 mil euros, no ano de 2024. Num país onde o salário modal se situa abaixo dos 15K, ou seja onde a moda (e não a média) é de 15K, 6K foram para impostos!! Ora se isto não é um absoluto e descarado assalto à mão armada deste triste povo, má fortuna, sem este merecimento, não sei o que isto será! Enquanto isso, lá fora, o mundo gira, gira até rápido demais! Depois de uma tomada de posse do novo presidente norte americano recheada de (alguns) multi-milionários (alguns de "aspecto" duvidoso) seguiram-se as notícias sobre os planos e rapidamente assinou os decretos presidenciais para os mesmos. Sim, há coisas que mudam por decreto, basta assinar. A China e a Índia, os dois blocos de oriente que são dois portentos demográficos e por isso económicos contrapõem-se, autonomamente, ao poderio norte americano, pelo que a corrida pelo primeiro lugar em tudo já começou. A anunciada nova inteligencia artificial, nova e melhor, pelos vistos, da China, veio demonstrar isso mesmo. O futuro da humanidade joga-se agora nas máquinas, máquinas que não controlamos, nós humanos. Por isso e para acabar com uma linguagem de blablabla dos tradicionais políticos e tradicionais instituições democráticas o povo (americano, mas antes o argentino e também o brasileiro) escolheu, de novo, um business man para as quais a ação, o pragmatismo contam mais do que o bláblablá. Contra a ameaça (?) da China os ameaçados agiram, e, a União Europeia apanha (e vai apanhar muito mais e mais forte, infelizmente) por tabela. A desintegração da União Europeia pode ocorrer num futuro de médio prazo, ou, quiçá, uma anexação, mas acho que ninguém nos quer mesmo....Somos irrelevantes....Somos velhos....Somos poucos.....E falamos cada um para si......a sua língua....muitas línguas....Para além de estarmos muito confortáveis no nosso (des)conforto, ou no nosso modelo social....(des)conforto esse que já surge em manifestações ténues em cada um de nós....O mundo mudou...O mundo rapidamente vai mudar....Meter a cabeça na areia já não é (nem nunca foi) aceitável para ninguém. Se, por um lado este homem quer resolver duas guerras à maneira dele (e sinceramente devíamos estar com uma mente mais aberta a pensar no longuíssimo prazo), que, possivelmente vai resolver, ou temporariamente suspender, por outro lado as questões de invasão de territórios independentes, mudança de nomes só porque sim e anexação por questões financeiras já extravassa a normalidade de alguém pragmático sim raiando a loucura disforme. Somos todos pó.....Somos todos pó num futuro muito muito breve....O que fazemos hoje ditará o que seremos e como seremos lembrados amanhã, porque na história só ficam alguns, e uns ficam do lado positivo da evolução da humanidade....outros, outros, pelo contrário, nem por isso....ficam mesmo no lado mais sombrio, no ranquing de criaturas mais detestáveis que pisaram solo terreste....Vamos meter a cabeça na areia??