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Utopias Concretizaveis

Utopias Concretizáveis é um espaço em busca de um mundo melhor, através dos sentidos, sentimentos e pensamentos da autora, nas suas reflexões intimistas e, quiçá, inspiradoras, marcadamente politizadas.

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17
Dez23

o equívoco "socialista"

Immigrants-to-Portugal.jpg. "São todos bem vindos".....Só que não. Proferir esta afirmação num contexto de desregulação e liberalização total é um erro e um crime. Os direitos humanos são para serem uma verdade assente para todos os que se encontram no território português. Não parece ser o que está a acontecer. Depois da vinda da troika e com um governo de direita foram liberalizados e privatizados diversos sectores, que, pelos mais diversos motivos, não o deveriam ter sido. Um deles a política de "começar a casa pelo telhado" descriminando positivamente os estrangeiros e reprimindo economicamente os portugueses que nasceram em Portugal. Com a desculpa do investimento direto estrangeiro as políticas económicas passaram a ser de "entrada de porta aberta" e de "concessão de cidadania a qualquer um" seja a Ibramovich seja ao outro que usou o país como porta de entrada para a UE, não sabe uma palavra de Português, tem morada falsa em Portugal e, pasme-se, agora é português. Sou totalmente contra esta política desenfreada de porta aberta e de atribuição de cidadania a la gardere....Porquê? Porque veio criar problemas que não se resolvem numa legislatura, como o problema da habitação, porque não veio criar mais e melhor emprego, bem pelo contrário, veio trazer escravatura para o nosso país, bem como menos oportunidades de trabalho para os portugueses. Qualquer socialista que seja a favor da entrada de porta aberta que se deu na última década no nosso país está a manifestar-se a favor da escravatura e a favor da retirada de mercado e de ofertas de trabalho aos portugueses. Aconteceu, seja na profissão da advocacia, seja na profissão de vendedor, seja na profissão de motorista, aconteceu. O que não pode acontecer é a Xenofobia que se tem vindo a sentir, a aumentar. Se um socialista quer tanto bem aos entrangeiros que para cá vêm, seja o nepalês que trabalha nas estufas de Odemira, seja o americano reformado que ganha 10x mais e vem usar (e esgotar, sim esgotar, porque a partir do momento que, tal como as casas, os médicos não se formam numa legislatura, são um bem limitado, independente de trabalharem no publico ou no privado) os serviços de saúde em Portugal, seja a advogada brasileira que não faz a mínima ideia das leis portuguesas, esse socialista que os leve para a sua casa....Este país bateu no chão. O descontentamento é enorme. Se para um socialista os mercados não funcionam, o que os fez acreditar que nestas áreas funcionariam??? Não tem explicação. Não se começa uma casa pelo telhado. O argumento de que como os portugueses são um povo de emigrantes devemos receber bem e da mesma forma com que os nossos foram lá fora acolhidos no passado. Pois, porém que lá fora os portugueses não foram bem acolhidos...A Iglaterra, um país com colónias, e simultâneamente, um país com uma miscigenação enorme (que até tem como governante um descendente de colónia) não tem, nem nunca teve, nem nos governos mais à esquerda que lá houve e que foram muito mais esquerdistas do que a esquerda dominante em Portugal, não tem, nem nunca teve, políticas de porta aberta para o seu território. Bem pelo contrário. Emigrar para o UK é extremamente dificil e exigente, não entra quem quer, quando quer, para fazer (ou não fazer) o que quiser. Para o Canadá, qualquer pessoa que queira lá viver tem de passar obrigatoriamente num teste de inglês, ou seja, tem de dominar a língua. Para os EUA, existem quotas e outras exigências grandes e complexas. Para a Austrália, esses então nem pensar, nem que sejas casado com uma, nem assim entras. Como referi, ter critérios de entrada, exigências mais limitadoras, pensamento e visão sobre o futuro não é deixar de ser socialista. É ser lógico, racional, humanista, para os dois lados, para os que cá estão e para os que vêm, e, sobretudo, inteligente. A "venda" do país a estrangeiros foi o rastilho do descontentamento generalizado em Portugal, e tem toda a razão de o ser. Um país que não cuida dos seus próprios cidadãos é um país condenado ao fracasso. Já temos 50 anos de Democracia. Já era tempo de sabermos pensar sobre nós proprios, por nós próprios e sem medos e fantasmas. Ser socialista não é querer o mundo inteiro em Portugal, não é deixar entrar sem critério objectivo, não é dar o passaporte na esquina. Estamos integrados numa organização supranacional que também ela deveria vigiar e conformar, com todos e cada um dos Estados Membros, as políticas migratórias externas ao espaço europeu. Depois não se queixem dos resultados....

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